sexta-feira, 20 de abril de 2012

Templo de Salomão – nde estavam guardadas as tábuas de Moisés com os Dez Mandamentos. E diz-se ainda que o templo era protegido das tempestades por 24 para-raios – isso cerca de 2.700 anos antes de Benjamin Franklin inventar o instrumento, em 1752.

Vários historiadores e pesquisadores que preferem não seguir as linhas de raciocínio e pesquisa habituais acreditam que existiram civilizações muito desenvolvidas num passado distante da humanidade. Alguns falam em 10 mil anos antes de Cristo, outros em 100 mil, e até um milhão de anos. Os vestígios dessas civilizações seriam muito difíceis de ser encontrados, mas algo de seu conhecimento teria permanecido vivo e sido passado a gerações posteriores. Às vezes, de forma bem clara; outras, de modo deturpado.
Segundo essa linha de raciocínio, parte dessa história perdida do ser humano pode ser identificada em objetos e invenções de épocas em que eles jamais poderiam ter existido. Nesse sentido, uma das mais antigas referências de que se tem notícia são os para-raios do Templo de Salomão – o santuário de Jerusalém construído durante o reinado de Salomão, aproximadamente entre 970 e 931 a.C. Diz-se que o templo mantinha a famosa Arca da Aliança, onde estavam guardadas as tábuas de Moisés com os Dez Mandamentos. E diz-se ainda que o templo era protegido das tempestades por 24 para-raios – isso cerca de 2.700 anos antes de Benjamin Franklin inventar o instrumento, em 1752. As tentativas para comprovar cientificamente essa suposição não tiveram resultado, o que não impediu inúmeras pesquisas em documentos antigos, como a própria Bíblia Sagrada.
Sem ProvasRoger Bacon – um frade fransciscano, filósofo e erudito inglês que viveu entre 1214 e 1294 – fez previsões sobre a existência de navios, automóveis, aviões e submarinos, dizendo ainda que esses aparelhos já eram conhecidos e construídos há muito tempo. Pesquisadores como Robert Charroux afirmam ser dele a informação de que Alexandre Magno (356-323 a.C.) teria utilizado um submarino em suas guerras de conquista. O relato de Bacon está naquela categoria difícil de ser definida: de um lado, não merece grande crédito por não ter qualquer embasamento científico ou comprovação; de outro, suas previsões foram registradas e confirmadas com um grau de precisão considerável.
Nessa mesma linha também existe uma história sobre o personagem Dupré, um químico misterioso que teria entrado em contato com o Rei Luís XV (1710-1774). Uma crônica inglesa do século 19 relata que Dupré demonstrou certa arma para o rei, que foi descrita como “possuidora de um fogo tão rápido e devastador que não podia ser evitado ou combatido”. Esse “fogo” era ativado pela água e a demonstração, realizada no canal de Versalhes, levou Luís XV a perceber que, com a arma, seria possível destruir toda uma frota de navios ou mesmo uma cidade. O monarca teria ficado tão assustado que mandou proibir o desenvolvimento do projeto. Os pesquisadores modernos não vêem muita dificuldade em afirmar que tal arma nada mais era do que uma bomba atômica primitiva, suposição que os cientistas sequer levam em consideração, considerando-a pura fantasia.
Na América do Sul também existem citações sobre objetos fora do contexto histórico. Em 1540, o monge Domingo de San Tomas redigiu o Lexicon, um dicionário de termos incas no qual surge a palavra quilpi, traduzida como “um instrumento óptico para se enxergar ao longe”, ou um telescópio, que os incas conheceriam e fariam uso em certas ocasiões. O objeto está completamente fora dos registros tradicionais da cultura inca, como é o caso também do rampa livrac, uma espécie de liteira utilizada pelos incas e quíchuas, e supostamente movida por uma força desconhecida que alguns pesquisadores modernos entendem como sendo energia elétrica.
Robert Charroux cita alguns inventos que teriam surgido em épocas mais recentes e sobre os quais, igualmente, só existem referências em textos. A maioria pode ser vista como brinquedos mecânicos, mas com uma tecnologia fantástica. É assim com a suposta águia mecânica do Imperador Maximiliano I, da Alemanha (1459-1519), que, segundo relatos, era capaz de voar das muralhas da cidade batendo as asas, percorrer uma longa distância e retornar ao ponto de partida.
Também existem menções a bonecos ou robôs, como o que teria pertencido ao Papa Silvestre II (920-1003): uma cabeça de bronze que respondia “sim” ou “não” a perguntas formuladas. Para alguns, aquilo era um verdadeiro autômato, de origem desconhecida, funcionando a partir de um sistema binário. Assim como outros objetos semelhantes, esse jamais foi encontrado.
Pesquisando a FundoQuando Charles Hoy Fort publicou O Livro dos Danados, em 1919, pouca gente imaginava que aquele seria o marco inicial de uma nova fase nas pesquisas sobre objetos e acontecimentos estranhos. Fort (1874-1932) foi um jornalista americano que reuniu cerca de 25 mil notas retiradas de jornais e revistas que colecionava, referentes a acontecimentos peculiares, artefatos insólitos e coisas que a ciência não conseguia explicar. Claro que muitos receberam seu livro como o produto de uma mente alucinada, mas a verdade é que ele deu início a uma verdadeira onda de estudos sobre nosso passado longínquo, que deu origem a trabalhos de Robert Charroux, Erich Von Däniken, Charles Berlitz e muitos outros.
Foi a partir dessas pesquisas modernas que objetos estranhos, como o Pilar de Delhi, começaram a ser divulgados. O pilar encontra-se no átrio de um templo, na cidade de Delhi, Índia. As informações são contraditórias, mas tem se atribuído ao pilar mais de 4 mil anos de idade, construído com peças de ferro soldadas. O aspecto misterioso é que a estrutura não apresenta qualquer sinal de ferrugem: em sua composição não existe enxofre e fósforo, o que denota a existência, na Antiguidade, de uma liga de ferro que supostamente não deveria existir ainda. Recentemente, alguns cientistas divulgaram que o pilar estaria finalmente enferrujando, mas essa informação foi desmentida por pesquisadores que visitaram o local. Da mesma forma, vários cientistas encontraram explicações para a situação do monumento, afirmando que nada existe de estranho no fato.

O Pilar de Delhi (Foto: Mark A. Wilson, Departamento de Geologia, The College of Wooster

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