sexta-feira, 20 de abril de 2012

O Mapa do Mundo. Objetos fora de época

O Mapa do MundoA ilha de Anticítera seria apenas mais uma das belas ilhas gregas do Mediterrâneo, situada entre Creta e o Peloponeso, se ali não tivesse sido encontrado mais um estranho objeto. Trata-se de uma espécie de relógio astronômico, com um conjunto muito bem elaborado de engrenagens e escalas para cálculos, mostrando as posições do zodíaco, movimentos de marés, revoluções dos planetas, além de ano, dias e meses.
A avaliação de laboratório forneceu a data de 82 ou 65 a.C. para o relógio, época em que tal aparelho supostamente não poderia (ou deveria) existir. Como esse é um dos objetos que ainda podem ser pesquisados, não há como negar sua autenticidade. Ainda assim, as únicas explicações fornecidas vêm dos pesquisadores autônomos, que chegam a sugerir uma ligação do objeto com a lendária civilização da Atlântida.
Mas a história mais misteriosa e, ao mesmo tempo, mais estudada pelos especialistas, é a dos mapas de Piri Reis, um almirante da marinha turca que, segundo se sabe, comandou a frota otomana por volta de 1550. Louis Pauwels (1920-1997) e Jacques Bergier, autores do livro O Despertar dos Magos, afirmaram que Piri Reis conseguiu os mapas no Oriente, o mais recente datando da época de Cristóvão Colombo. Já o escritor e pesquisador Erich Von Däniken diz que eles foram encontrados no Palácio Topkapi no início do século 18.

Parte do famoso mapa do comandante Piri Reis, mantido no Museu Topkapi em Istambul.
Em 1952, os mapas chegaram ao cartógrafo norte-americano Arlington H. Mallery para um exame detalhado. Ele percebeu que todos os acidentes geográficos estavam presentes, mas em lugares diferentes de onde eram mostrados nos mapas da época. Mallery pediu ajuda da Agência Hidrográfica da Marinha dos EUA para tentar determinar o motivo. Os dados foram transferidos para um globo moderno e percebeu-se que não havia qualquer engano – eles demonstravam a precisão de um mapa atual.
Por volta de 1955 os mapas foram enviados ao padre jesuíta Lineham, diretor do Observatório Weston, igualmente a serviço da marinha americana, onde novas e surpreendentes descobertas surgiram. Os mapas não apenas mostravam com precisão o relevo e interior dos continentes, mas também cadeias de montanhas existentes na Antártida. Essas montanhas só foram descobertas em 1952, quando se utilizou o sonar para determinar o relevo que se encontrava coberto pelo gelo.
Quando os cientistas se perguntaram como aquilo foi possível em uma época tão recuada, outras pesquisas levantaram novos mistérios. O professor Charles H. Hapgood e o matemático Richard W. Strachan compararam os mapas de Piri Reis com cartas aéreas recentes e descobriram que os mapas antigos podiam ser comparados a fotografias obtidas de grandes altitudes no espaço.
Desde então as controvérsias não cessaram. Alguns cientistas preferiram ignorar o fato sem tentar explicá-lo. Mas a verdade é que seria impossível obter mapas como aqueles usando as técnicas conhecidas na época de Piri Reis. E para complicar as coisas, outros pesquisadores afirmam que os mapas não são originais, mas cópias de documentos ainda mais antigos.
O trabalho de investigação dos estranhos objetos continua até os dias de hoje. Alguns pesquisadores defendem que só será possível chegar a alguma conclusão definitiva sobre eles quando a ciência aceitar a possibilidade de civilizações passadas terem possuído tecnologia igual ou superior à que conhecemos hoje em dia.

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