terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Jipe-robô com Braço robótico e canhão a laser


Jipe-robô Curiosidade pronto para partir rumo a Marte

Redação do Site Inovação Tecnológica - 23/11/2011
Jipe-robô Curiosidade pronto para partir rumo a Marte
O guindaste celeste permitirá que o Curiosidade desça suavemente sobre o solo, já pronto para começar a trabalhar.[Imagem: NASA]
Disco voador terrestre
Alimentado por plutônio, do tamanho de um SUV, o robô Curiosidade está pronto para procurar sinais de vida em Marte.
E, ao chegar lá, ele não fará por menos: descerá usando um inédito guindaste espacial, encarregado de colocá-lo mais ou menos suavemente no solo.
Como é muito mais pesado do que oSpirit e o Opportunity, o novo jipe-robô, oficialmente chamado deLaboratório Científico de Marte - MSL (Mars Science Laboratory) - não poderá usar os colchões de ar saltitantes usados anteriormente.
Qualquer marciano que o avistasse chegando ao planeta reconheceria imediatamente o primeiro disco voador terrestre: ao chegar ao planeta, o jipe-robô estará envolvido em um escudo de calor com umdesenho caprichosamente lembrando um disco voador.
Guindaste celeste
Já bem mais lento, na atmosfera, a cerca de 10 quilômetros de altitude, as duas metades do disco serão ejetadas e os pára-quedas se abrirão.
Mais um pouco de descida e os pára-quedas serão cortados automaticamente, entrando então em ação o "guindaste celeste" (Sky Crane), que acionará seus retrofoguetes, reduzindo a velocidade da sonda a meros 3 quilômetros por hora.
Mais uma etapa e, a cerca de 20 metros de altitude, o conjunto finalmente se estabilizará em velocidade zero, quando o jipe-robô Curiosidade começará a ser descido suavemente por cabos de aço, até tocar o solo.
Quando o guindaste celeste sentir que o robô está firme no solo, os cabos serão cortados, e a estrutura acionará seus foguetes para se distanciar do robô o máximo possível, caindo no solo quando seu combustível acabar.
Todo este complexo mecanismo funcionando como planejado, começará uma nova etapa na busca por sinais de vida em Marte, presente ou passada.
E a NASA terá testado um novo sistema de aterragem que poderá ser usado em missões ainda maiores e, sobretudo, para a coleta de amostras em outros planetas, luas e asteroides.
Jipe-robô Curiosidade pronto para partir rumo a Marte
Por ser alimentado por energia atômica, o robô Curiosidade terá muito maior autonomia e liberdade de movimentos do que os robôs marcianos anteriores. [Imagem: NASA]
Robô atômico
Por ser alimentado por energia atômica, o robô Curiosidade terá muito maior autonomia e liberdade de movimentos do que os robôs marcianos anteriores.
Ele poderá explorar Marte 24 horas por dia, sem precisar diminuir o ritmo durante o inverno, que afeta a geração de energia pelos painéis solares dos outros robôs.
O trabalho começará pela cratera Gale, o local de pouso do Curiosidade.
A cratera Gale tem 154 km de diâmetro e uma característica inusitada: uma montanha, com quase 5,5 km de altitude, localizada quase no seu centro.
Essa montanha é formada por um material estratificado, semelhante às rochas sedimentares da Terra, provavelmente gerado por uma longa sequência de deposições geológicas.
A parte da cratera onde o Curiosidade irá pousar tem uma formação parecida com o leito seco de um rio, mostrando materiais com características de terem sido depositados por água corrente.
As camadas na base da montanha contêm argilas e sulfatos, dois materiais que se formam na presença de água.
Braço robótico e canhão a laser
O enorme jipe-robô também será o primeiro a portar um canhão a laser - não para destruir marcianos perigosos, mas para "fritar" as rochas, enquanto diversos outros instrumentos analisam a fumaça para descobrir do que elas são constituídas.
canhão a laser do robô marciano é capaz de vaporizar rochas a uma distância de até 7 metros, evitando deslocamentos necessários e diminuindo o risco doatolamento que vitimou o robô Spirit.
Os cientistas já não têm dúvidas de que Marte teve água corrente durante sua história.
Agora eles querem responder perguntas mais específicas e mais detalhadas sobre a água marciana, incluindo quando, por quanto tempo, e até qual era o pH dessa água.
Seu braço robótico maior e mais forte também irá além da raspagem feita nas rochas pelos seus antecessores: ele será capaz de coletar amostras de até cinco centímetros de profundidade e trazê-las para o seu interior, onde as amostras serão estudadas em detalhes.
Se o lançamento for feito, como previsto, neste sábado, dia 26 de Novembro, o Curiosidade chegará em Marte em Dezembro de 2012. A janela para o lançamento vai até 18 de Dezembro.
A missão inicial do jipe-robô durará um ano marciano, ou 23 meses terrestres, mas sua "usina atômica" tem potência para alimentá-lo por muito mais tempo.

Robôs inteligentes


Robô com cauda salta como lagarto quando a coisa aperta

Redação do Site Inovação Tecnológica - 09/01/2012
Robô com rabo salta como lagarto quando a coisa aperta
Um lagarto africano de cabeça vermelha (gênero Agama) foi usado como inspiração para a construção do carro-robô-com-rabo TailBot. [Imagem: Robert Full Lab/UC Berkeley]
Biomimetismo
Robôs com rodas são ótimos para andar em terrenos limpos e bem conhecidos.
Robôs com pernas são mais versáteis, mas são muito mais difíceis de construir.
Enquanto isso, os animais são excelentes para andar justamente nos lugares mais difíceis que se pode encontrar.
Engenheiros e biólogos da Universidade de Berkeley, nos Estados Unidos, se juntaram então para tentar reunir o melhor do reino animal com o mais viável do "reino robótica".
O resultado é um robô com rodas - ou um carro robótico - dotado de um rabo de lagarto.
Como acontece com o animal, se a coisa apertar, o robô pode simplesmente saltar sobre o obstáculo, e voltar a rodar normalmente quando as coisas voltarem a ficar tranquilas.
Rabo robótico
Mas gerenciar o salto do robô não foi tão simples quanto parece.
Os pesquisadores descobriram, por exemplo, que os lagartos não usam a cauda apenas como mola de impulsão: ele serve também para evitar que o animal dê com a cara na pedra onde quer pousar, ou simplesmente capote no ar.
"Nós demonstramos pela primeira vez que os lagartos balançam seu rabo para cima e para baixo para evitar a rotação do seu corpo, mantendo-os estáveis," diz Robert Full, um dos membros da equipe que estudou os lagartos como inspiração para construir um robô.
"A inspiração nos rabos dos lagartos vai levar [à construção de] robôs de busca e salvamento muito mais ágeis, assim como robôs com maior capacidade para detectar riscos químicos ou biológicos," avalia ele.
Matemática do rabo de lagarto
Depois de usar câmeras de alta velocidade para descobrir exatamente como os lagartos usam seus rabos durante os saltos, os pesquisadores elaboraram um modelo matemático descritivo desse movimento.
Esse modelo matemático foi então usado para gerar um algoritmo de controle de uma "cauda" instalada na parte traseira de um carro robô, batizado do TailBot (Tailsignifica cauda em inglês).
O TailBot possui um giroscópio, que permite detectar precisamente sua posição a cada momento.
Os dados desse sensor alimentam a central de controle, que usa o modelo matemático para ajustar a posição do rabo, dando ao robô um controle inercial, permitindo que ele pouse sempre com as rodas para baixo.
"A agilidade dos robôs nem se aproxima da agilidade dos animais. Assim, qualquer coisa que torne um robô mais estável é um avanço, e é por isto que este trabalho está chamando tanto a atenção," disse Full.
De fato, mesmo sendo feito por alunos de graduação, o trabalho mereceu a publicação na prestigiada revista Nature.

Robô com cérebro de macaco


Rato-robô com cérebro de macaco sente o mundo ao seu redor

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/01/2012
Robô recebe cérebro de macaco e bigodes de rato
As informações coletadas pelos bigodes, que se movem e vibram, alimentam o cérebro virtual, baseado no funcionamento real de cérebros de macaco.[Imagem: Nathan Lepora]
Percepção robótica
O aspirador de pó robotizado Roomba é o maior sucesso comercial da robótica doméstica até hoje.
É necessário acrescentar que ele é oúnico sucesso comercial da tão promissora robótica pessoal até hoje.
Os usuários gostam tanto dele que lhe dão nome, tratam-no como se fosse um mascote e fazem clubes de amigos dos seus robôs-limpadores-automatizados.
Cientistas ingleses não apenas embarcaram na onda, como também mostraram que esses robôs aspiradores de pó podem ser bem mais inteligentes e mais interativos.
Para isso, basta implantar bigodes de rato e um cérebro de macaco em um Roomba, dando-lhe um nível totalmente novo de "percepção robótica".
Próteses para robôs
É claro que os bigodes de rato são "próteses robóticas", compostos de fios ligados a sensores, e o cérebro de macaco é um cérebro virtual, um programa de computador, para ser mais claro.
Mas os resultados prometem deixar os donos de robôs domésticos ainda mais certos de que suas engenhocas são mesmo mascotes "vivos".
A equipe do professor Tony Prescott, da Universidade de Sheffield, já havia criado um rato-robô, onde foram aprimorados os bigodes sensoriais artificiais.
Como desenvolver a mecatrônica de um robô é complicado e caro, os pesquisadores deixaram de lado suas feias ratazanas robóticas e adotaram um Roomba.
O cérebro artificial foi desenvolvido criando um modelo matemático a partir dos padrões registrados no cérebro de macacos conforme eles faziam tarefas determinadas.
Devidamente acostumado com seus implantes, o robô agora não apenas limpa o chão, como também é capaz de reconhecer diferentes texturas da superfície, de pisos frios até os carpetes mais macios.
Robô recebe cérebro de macaco e bigodes de rato
O robô com cérebro de macaco e bigodes de rato poderá ser útil para auxiliar na exploração de zonas atingidas por desastres. [Imagem: University of Sheffield]
Hipóteses biológicas
Segundo os cientistas, com seu novo cérebro, devidamente alimentado com os dados sensoriais dos seus bigodes, o Roomba é capaz de tomar decisões melhores do que qualquer outro método testado antes.
"Os animais superam de longe os robôs atuais em suas capacidades perceptuais. Usando técnicas de como o cérebro percebe o mundo, nós queremos desenvolver métodos para a percepção robótica que permitirá aos robôs interagir com o mundo de forma aprimorada," disse Nathan Lepora, responsável pelos "implantes".
A pesquisa também sugere que ratos e seus bigodes, devidamente munidos de um cérebro de macaco, conseguem reconhecer melhor os objetos e decidir melhor o que fazer com essa percepção.
"Este estudo em particular é voltado principalmente para testar hipóteses biológicas em robôs, em particular as teorias de tomada de decisão desenvolvidas com a gravação de informações do córtex visual dos macacos," explica o pesquisador.
Carinhos e socorro
O próximo passo do projeto será generalizar essas conclusões, dando ao robô outras sensações táteis além da textura, como formato dos objetos e sua posição em relação ao robô.
Nesse ritmo, os donos do Roomba logo poderão contar com novas gerações de robôs que demonstrem ficar felizes quando recebem carícias.
Já os pesquisadores estão mais interessados em aplicar o desenvolvimento na construção de robôs que possam entrar em ambientes desconhecidos para a realização de resgates em casos de acidentes.
É por isso que eles apostam nos bigodes de rato, que podem sentir o ambiente no escuro de forma mais simples e mais segura.

Manto da invisibilidade 3D no espaço livre para micro-ondas



Redação do Site Inovação Tecnológica - 26/01/2012
Manto da invisiblidade 3D no espaço livre para micro-ondas
No alto, o cilindro que foi camuflado pela invisibilidade para micro-ondas. Embaixo, uma visão em corte do tubo sem as tampas e um segmento da fita de cobre usada para gerar a invisibilidade. [Imagem: Rainwatter et al./IOP]
Com ressalvas
Em Agosto de 2011, a equipe do professor Andrea Alu anunciou a criação do primeiro manto da invisibilidade 3D no espaço livre.
Agora aquela mesma pesquisa foi aceita para publicação por um importante periódico científico, oNew Journal of Physics.
Quando o Site Inovação Tecnológica noticiou o avanço em primeira mão, o artigo ainda não havia sido revisado por outros cientistas, estando apenas no repositório arXiv.
O trabalho está virando notícia de novo, mas é importante citar também as características reais do mecanismo, que não têm sido devidamente esclarecidas pela imprensa não-especializada.
Só para micro-ondas
O trabalho merece destaque porque a maioria das camuflagens 3D feitas até agora não eram exatamente mantos, mas tapetes de invisibilidade.
Neste caso, porém, objetos comuns podem ser camuflados em seu ambiente natural, em todas as direções, e de todas as posições de um observador.
Mas há um porém: a camuflagem funciona para micro-ondas, e não para luz visível.
Ou seja, você precisaria ter uma "visão de micro-ondas" para "não enxergar" o que está sendo camuflado.
Embora pareça tirar um pouco o brilho do trabalho, vale lembrar que todo o processo de desenvolvimento dos mantos de invisibilidade, a partir dosmetamateriais, começou justamente com micro-ondas, só mais tarde aparecendo os primeiros escudos para luz visível.
Os pesquisadores usaram sua técnica para esconder não um objeto de alguns milímetros, mas um tubo de 18 centímetros de comprimento por 3 centímetros de diâmetro.
Mas é preciso entender que eles não conseguirão repetir o mesmo processo com objetos tão grandes quando estiverem lidando com luz visível.
Manto da invisibilidade 3D no espaço livre para micro-ondas
Esta montagem ilustra o conceito do índice de refração negativa da luz. Até agora, acreditava-se que o fenômeno só pudesse ser obtido em materiais fisicamente muito complexos. [Imagem: TUVienna]
Metamateriais plasmônicos
O avanço foi possível graças a um novo tipo de material artificial - os metamateriais plasmônicos.
Quando a luz atinge um objeto, ela rebate na sua superfície e toma outra direção, como acontece quando se joga uma bola contra a parede.
A razão pela qual vemos os objetos é porque os raios de luz ricocheteiam nos materiais e tomam a direção dos nossos olhos - e nossos olhos são capazes de processar a informação quando a luz tem uma faixa de frequências definida, conhecida como espectro visível.
Devido às suas propriedades únicas, os metamateriais plasmônicos têm o efeito oposto ao lidar com a luz.
Em vez de serem refletidos, os raios de luz anulam-se mutuamente, e o efeito global é a transparência e a invisibilidade em todos os ângulos de observação.
O método mais tradicional é usar estruturas físicas projetadas para interagir com os raios de luz - os metamateriais. Aqui foram exploradas as características dosplásmons de superfície, ondas de elétrons que se formam na superfície de metais - neste caso, de uma película de cobre.
"Uma das vantagens da técnica de camuflagem plasmônica é a sua robustez e largura de banda moderada, superior aos mantos da invisibilidade convencionais, baseados em metamateriais de transformação. Isso tornou nosso experimento mais robusto contra possíveis falhas, o que é particularmente importante quando camuflando um objeto 3D no espaço livre," disse o professor Andrea Alu.
Limites visíveis
O tubo cilíndrico foi camuflado com uma concha de metamaterial plasmônico.
O manto da invisibilidade plasmônico mostrou uma melhor funcionalidade para as microondas em uma frequência de 3,1 gigahertz.
Os esforços da equipe agora vão se concentrar na criação de um manto da invisibilidade 3D no espaço livre que funcione para luz visível.
Mas há limites para isso.
"Em princípio, esta técnica poderia ser usada para camuflar a luz; de fato, alguns materiais plasmônicos são naturalmente disponíveis em frequências ópticas," diz Alu.
"No entanto, o tamanho dos objetos que podem ser eficientemente camuflados com esta técnica depende do comprimento de onda usado. Assim, para frequências ópticas, nós poderemos lidar com objetos com dimensões na faixa dos micrômetros," salienta o pesquisador.

Memória RAM líquida


Cientistas criam memória RAM líquida

Redação do Site Inovação Tecnológica - 07/12/2011
Cientistas criam memória RAM líquida
Pulsos de corrente elétrica geram um campo magnético que liga e desliga as válvulas magnéticas (barras azuis) individualmente, movimentando as gotas como se elas estivessem em uma escada. [Imagem: W. Altman/CU/NIST]
Memória magnética
Pesquisadores criaram um "processador" inusitado.
Em vez de transistores e portas lógicas, o chip usa gotas magnéticas flutuando em microcanais cheios de água salgada.
Embora outra equipe já tenha criado um processador que funciona a ar, a equipe do Dr. John Moreland está mais interessado na memória do que em cálculos.
O minúsculo chip microfluídico usa chaves magnéticas para capturar e movimentar as gotas, criando um mecanismo similar ao das memórias de acesso aleatório dos computadores.
Movidas por campos magnéticos, as gotas vão andando pelo microcanais, podendo ser acessadas aleatoriamente como se fossem bits magnéticos de uma memória RAM.
O objetivo é usar o mecanismo para transportar moléculas usadas em bio-ensaios, como na purificação de proteínas e de DNA, ou na separaçãocelular - as moléculas são transportadas a bordo das gotas magnéticas.
Memória líquida
Os biochips tradicionais usam bombas e válvulas para movimentar líquidos ou partículas ao longo de microcanais.
A ideia de usar partículas magnéticas não é nova, mas ela exige um suprimento contínuo de energia, o que aquece o chip e atrapalha as análises, quando não danifica totalmente as moléculas.
Os pesquisadores resolveram o problema usando o mesmo sistema utilizado nas cabeças de leitura dos discos rígidos.
"É uma forma totalmente nova de pensar a microfluídica," diz Moreland. "O legal aqui é que é um ímã permanente e chaveável - depois que ele é 'ligado', não precisa mais de energia. Você precisa de energia por menos de um microssegundo, o que evita o aquecimento."
A segunda vantagem é que o chip cria um mecanismo para manipulação de qualquer uma das gotas de forma independente, criando um novo conceito de memória de acesso aleatório magnético.
Lendo os bits líquidos
Qualquer um dos "bits" - a gota com suas biomoléculas - pode ser prontamente manipulado e colocado na posição desejada para cada análise.
O biochip de demonstração possui duas linhas paralelas com 12 chaves magnéticas cada uma, chamada válvulas spin, do mesmo tipo das que são usadas nas cabeças de leitura dos discos rígidos.
A precisão obtida é tão grande que cada gota pode até mesmo ser girada antes ser colocada na posição adequada para sua "leitura" - que pode ser uma leitura de fato, que identifique a molécula, ou sua colocação junto a outra para uma reação química.

Bateria de ar-lítio

Bateria de ar-lítio: carros elétricos com autonomia de 800 km

Com informações da New Scientist - 10/01/2012
Bateria de ar-lítio dá autonomia de 800 km a carros elétricos
A bateria de ar-lítio está funcionando em escala de laboratório, e os cientistas prometem um protótipo em escala real para o próximo ano. [Imagem: IBM Almaden]
Ansiedade de motorista
Um dos maiores entraves à popularização dos veículos elétricos é a chamada "ansiedade da autonomia".
Os motoristas parecem morrer de medo de que a carga da bateria não consiga levá-los até seu destino ou trazê-los de volta para casa.
Agora, cientistas da IBM afirmam ter resolvido um problema fundamental que poderá levar à criação de uma bateria capaz de dar a um carro elétrico uma autonomia de 800 quilômetros - o dobro da autonomia da maioria dos carros a gasolina ou etanol.
As melhores baterias disponíveis atualmente são do tipo íons de lítio, que são boas para telefones celulares, razoavelmente boas para notebooks, mas insuficientes para veículos elétricos, que não conseguem superar os 200 km de autonomia.
Bateria de ar-lítio
Um novo tipo de bateria, chamada bateria de ar-lítio, é muito mais interessante porque sua densidade teórica de energia é 1.000 vezes maior do que as baterias de íons de lítio, o que a coloca praticamente em condições de igualdade com a gasolina.
Em vez de usar óxidos metálicos no eletrodo positivo, as baterias de ar-lítio usam carbono, que é mais leve e mais barato, e reage com o oxigênio do ar ambiente para produzir uma corrente elétrica.
Mas há um problema: as instabilidades químicas limitam a vida útil das baterias de ar-lítio, que suportam poucos ciclos de carga e descarga - algo impraticável para os veículos elétricos.
Agora, Winfried Wilcke e seus colegas dos laboratórios da IBM descobriram a causa dessa rápida degradação: o oxigênio do ar reage não apenas com o eletrodo de carbono, mas também com o eletrólito, a solução condutora que transporta os íons de lítio entre os eletrodos.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

UMA GELADEIRA TÃO FINA QUANTO UMA TV DE LED , É POSSÍVEL ?


Solução para geladeiras verdes estava no micro-ondas

Redação do Site Inovação Tecnológica - 20/01/2012
Solução para geladeiras verdes estava no micro-ondas
A receita fica pronta na forma de aglomerados do tamanho de ervilhas, com propriedades termoelétricas superiores às dos materiais atuais. [Imagem: Rensselaer/Ramanath]
Inventando na cozinha
Os materiais termoelétricos são as grandes promessas para a criação de geladeiras de estado sólido e aparelhos de ar condicionado tão finos quanto uma TV de LED.
Materiais termoelétricos convertem eletricidade em uma ampla gama de temperaturas - do muito quente até o gelado.
Embora já existam geladeiras baseadas nesse princípio há décadas, elas são pequenas e ineficientes, não conseguindo concorrer com os sistemas de refrigeração baseados em motores e compressores.
Isso acontece porque os materiais termoelétricos disponíveis hoje são caros, por serem difíceis de fabricar em grandes quantidades, além de não possuírem uma combinação adequada de propriedades termais e elétricas.
Mas a solução já estava na própria cozinha - mais especificamente, em um forno de micro-ondas comum.
Receita termoelétrica
Engenheiros do Instituto Politécnico Rensselaer, nos Estados Unidos, descobriram uma técnica para criar materiais termoelétricos nanoestruturados que são muito mais eficientes e podem ser fabricados em grandes quantidades, potencialmente baixando seu custo.
A chave da descoberta está em uma técnica muito usada na microeletrônica, chamada dopagem, que consiste na adição de uma substância-traço em outra substância hospedeira.
Depois de adicionar pequenas quantidades de enxofre ao seu material, os pesquisadores puseram-no para cozinhar por alguns minutos em um forno de micro-ondas comum.
A receita fica pronta na forma de aglomerados do tamanho de ervilhas, com propriedades termoelétricas superiores às dos materiais atuais, que são muito mais difíceis de fabricar.
"Nossa descoberta tem verdadeiramente potencial para transformar a paisagem tecnológica da refrigeração, com um impacto real sobre nossas vidas," comemora Ganpati Ramanath, coordenador da pesquisa.
Além de geladeiras e aparelhos de ar-condicionado, a nova tecnologia poderá ser usada para resfriar processadores de computador.

domingo, 29 de janeiro de 2012

Homem com Olho biônico


Olho biônico com retina artificial está pronto para ser implantado

Redação do Site Inovação Tecnológica - 31/03/2010
Olho biônico com retina artificial está pronto para ser implantado
O olho biônico, até agora em fase de testes, consiste de uma câmera super miniaturizada e de um microchip implantado na retina do paciente, funcionando como uma retina artificial. [Imagem: AVPG]
Pesquisadores australianos apresentaram o protótipo de um olho biônico que está pronto para ser implantado no primeiro paciente humano.
A prótese ocular foi projetada para dar melhor qualidade de vida a pacientes com perda visual decorrente da retinite pigmentosa e da degeneração macular.
Olho biônico
O olho biônico, que até agora se encontrava em testes, consiste de uma câmera super miniaturizada e de um microchip implantado na retina do paciente.
A câmera, montada na estrutura de um par de óculos, capta a entrada visual, transformando-a em sinais elétricos que são enviados para o microchip.
O microchip, por sua vez, estimula diretamente os neurônios da retina que continuam saudáveis, apesar da enfermidade.
O implante permite que os pacientes ganhem uma visão em baixa resolução, devido ao pequeno número de células sadias da retina, e limitada pela quantidade de eletrodos daretina artificial.
Implante de retina
"Nós vislumbramos que este implante de retina dará aos pacientes uma maior mobilidade e independência, e que as futuras versões do implante acabarão por permitir que os usuários reconheçam rostos e leiam letras grandes," diz o professor Anthony Burkitt, membro da equipe responsável pela fabricação do olho biônico.
O objetivo dos pesquisadores é passar de algumas manchas de claridade pouco definidas para uma visão biônica verdadeira dentro de cinco anos.
Até lá, eles planejam contar com uma retina artificial implantada na parte posterior do olho, recebendo os sinais captados pelas câmeras por meio de conexões sem fios.
O olho biônico está sendo fabricado por uma empresa emergente criada pelos próprios pesquisadores, a Bionic Vision Australia, reunindo médicos, oftalmologistas, neurocientistas, engenheiros biomédicos e engenheiros eletricistas das universidades de Melbourne, Nova Gales do Sul e do Centro de Pesquisas dos Olhos, todos na Austrália.

Inseto ciborgue terá gerador de energia e mochila



Redação do Site Inovação Tecnológica - 24/11/2011
Inseto ciborgue terá gerador de energia e mochila
O movimento das asas do inseto pode gerar eletricidade suficiente para alimentar pequenos dispositivos, incluindo câmera, microfone e um sensor de gás.[Imagem: Foto de Erkan Aktakka/SIT]
Inseto robô
Equipes de resgate humanas poderão ser precedidas por "batedores" robóticos em áreas de acidentes.
Esta é a proposta de pesquisadores da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos.
Segundo eles, as equipes de pronto-atendimento poderão ser substituídas por robôs voadores, mais especificamente, por insetos ciborgues.
Para que isso seja possível, Khalil Najafi e Erkan Aktakka estão desenvolvendo formas de fazer com que os próprios insetos gerem a eletricidade necessária para alimentar os circuitos eletrônicos que eles deverão carregar.
"Com a colheita de energia, nós poderemos alimentar câmeras, microfones e outros sensores, além de equipamentos de comunicação, que o inseto poderá levar a bordo de uma pequena mochila," diz Najafi.
Devidamente equipados, eles poderão ser postos para sobrevoar as áreas de acidente, fazendo levantamentos iniciais para auxiliar as equipes de resgate.
Inseto ciborgue terá gerador de energia e mochila
Este é o primeiro exemplar do besouro ciborgue, por enquanto apenas com os aparatos de geração de energia. [Imagem: Aktakka et al.]
Gerador piezoelétrico
Haverá também uma bateria, mas a ideia é converter o calor do corpo do inseto e os seus movimentos em eletricidade, usando materiais piezoelétricos e termoelétricos.
Os dois pesquisadores desenvolveram um nanogerador piezoelétrico em formato espiral, o que o torna capaz de maximizar a potência gerada por área.
Embora ainda não tenha sido testado, as asas poderão ainda ser recobertas com células solares flexíveis, aumentando a geração de energia quando o inseto resolver descansar.
Como a abordagem é bem menos frankensteiniana do que implantar um chip no cérebro de uma mariposa, não deverá ser difícil obter anuência dos órgãos de proteção aos animais.
Controlar o voo dos insetos também não parece ser um problema, o que já foi feito por uma equipe da Universidade de Berkeley:

Buracos negros podem ter freado formação estelar


Buracos negros podem ter freado formação estelar



Estas galáxias distantes são conhecidas como galáxias submilimétricas. São muito brilhantes no Universo distante, onde ocorre intensa formação estelar. [Imagem: ESO/APEX(MPIfR/ESO/OSO)/A. Weiss et al./NASA Spitzer Science Center]
Parada brusca
Astrônomos descobriram a melhor relação encontrada até hoje entre os mais intensos episódios de formação estelar no Universoprimordial e as galáxias de maior massa que se observam atualmente.
As galáxias, em pleno crescimento devido a fortes episódios de formação estelar no Universo primitivo, viram o nascimento de novas estrelas parar abruptamente, deixando-as como galáxias de elevada massa - mas passivas - com estrelas envelhecendo até o Universo atual.
Os astrônomos acreditam ter encontrado o provável culpado desta súbita parada na formação estelar: o surgimento de buracos negros supermassivos.
A equipe combinou observações da câmera LABOCA, instalada no telescópio APEX (Atacama Pathfinder Experiment), com medições feitas com o Very Large Telescope do ESO, do Telescópio Espacial e outros, para observar como é que galáxias brilhantes e muito distantes se juntam para formar grupos e aglomerados.