Cotopaxi, o vulcão ativo mais alto do mundo
6/2/2007 - 11:49Cotopaxi, o vulcão ativo mais alto do mundo, reina em parque nacional com lagos e animais típicos dos Andes...
Marcelo Portela, do Equador
Quem assistiu a filmes como Ginostra, O inferno de Dante ou mesmo o clássico Krakatoa – Inferno de Java pode pensar que esses gigantes adormecidos são uma das forças mais destrutivas da natureza, capazes de provocar devastação ao redor. E é verdade, caso algum deles desperte de forma mais violenta. Mas o fenômeno é raro – inclusive muito procurado por aventureiros em busca das sensacionais imagens do magma descendo em direção à água – e, na maior parte do tempo, o vulcões equatorianos são, em vez de causa de destruição, fonte de admiração, diversão e até reverência.
Um exemplo é o Cotopaxi, localizado no parque nacional de mesmo nome, na província de Pichincha, a cerca de 95 quilômetros de Quito. Não há como ficar indiferente diante da imponência da montanha, ainda mais se o turista contar com a colaboração de São Pedro para afastar um pouco as nuvens que cobrem os pontos mais altos do vulcão durante parte de ano.
Nesse caso, a vista do cume, a 5.897 metros de altitude e perenemente nevado, é de tirar o fôlego. Literalmente, já que até sua base está a mais de 3 mil metros de altitude. Onde, devido ao menor nível de oxigênio no ar, algumas pessoas podem sentir dores de cabeça ou náuseas, mas nada que uma aclimatação não resolva.
Parte dos turistas que procuram o Cotopaxi vai à montanha para atingir seu cume. Quem prefere evitar a adrenalina, o Parque Nacional Cotopaxi oferece outras atrações, como rios, lagos e descampados onde é possível ver uma fauna variada que inclui condores, cervos e cavalos selvagens, ente outros. Também há áreas em que é possível acampar, mas com a devida permissão da administração. No parque é cobrada uma entrada de US$ 10 por pessoa.
ERUPÇÕES Apesar do deslumbramento que o Cotopaxi costuma causar em quem fica diante da montanha, ele ainda é um vulcão ativo e, de tempos em tempos, mostra sua força. Desde 1738, já foram registradas mais de 50 erupções no local, responsáveis por boa parte dos vales em torno da montanha, formados pela mistura de lama, magma e outros materiais expelidos durante as atividades vulcânicas. Essas atividades, inclusive, já foram responsáveis, duas vezes, pela completa destruição de Latacunga, cidade de pouco mais de 100 mil habitantes que fica próxima à montanha. As maiores erupções do Cotopaxi foram registradas em 1744, 1768 e 1877. A última grande erupção ocorreu em 1904 e, atualmente, as atividades do vulcão são monitoradas pelo governo e universidades equatorianas.
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